Minicurso 1
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Minicurso 2
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Rafael Bastos Ferreira (Unicamp)
rbferreira.geografia@gmail.com Tiago Vieira Cavalcante (Unesp) tiagogeografia@yahoo.com.br |
David Emanuel Madeira Davim (Unicamp)
davidavim@hotmail.com Luiz Tiago de Paula (Unicamp) tiagologia@gmail.com |
A Geografia Humanista Cultural tem despertado o interesse daqueles que buscam compreender a condição do homem no mundo, de sua relação indissociável com a Terra. Partindo das experiências que as pessoas têm nos/dos lugares, das “terras incógnitas pessoais” que povoam a imaginação de todos nós, esta abordagem pensa a Geografia como uma ciência existencial, centrada no mundo da vida, entendendo este mundo como aquilo que nos envolve e é parte do que somos: seres-no-do-mundo. Trata-se de um novo horizonte para a Geografia, capaz de fortalecer as discussões que esta ciência tradicionalmente tem feito, colocando-as no âmbito dos sentimentos daqueles que estão ligados visceralmente aos lugares e paisagens que vivenciam. Neste minicurso buscaremos desvelar os caminhos desta abordagem, recuperando os seus pressupostos, suas contribuições e as possibilidades que apresentam para a pesquisa geográfica. Para isso abordaremos as principais ideias e conceitos de seus mais importantes pensadores no decorrer do tempo (de 1950 até os dias de hoje) e do espaço (França, Inglaterra, Estados Unidos, Brasil). Enfim, nosso propósito é o de colaborar com o conhecimento e a pesquisa daqueles que entendem a Geografia Humanista Cultural como uma renovada maneira de pensar-fazer Geografia.
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A investigação de campo é, por excelência, um dos mais vigorosos atos criativos na busca pelo conhecimento geográfico. Porém, as imposições do apriorismo e dos métodos racionalistas da ciência moderna e positiva fundamentaram o agenciamento e o forte controle sobre as experiências diretas do homem com a Terra, a ponto de afastar o geógrafo da própria vida, desterrando-o dos estímulos e da potência constituinte do Mundo. No contexto da ciência moderna, a experiência, que deveria ser o ponto alto da descoberta, se tornou um experimento para confirmação de ideias ascéticas e pré-determinadas. O objetivo desse minicurso é apresentar as formas de como a fenomenologia potencializa outra forma de conhecimento – o conhecimento a partir da própria experiência em trabalho campo sobre uma investigação geográfica.
A importância de elementos fundamentais como a sensação, intuição, caminhar, pensar, descrever e conversar, são ações essenciais para o conhecimento do lugar a ser investigado. Traremos procedimentos de trabalho de campo que buscam partir de uma experiência de outsider (o de fora), fazer um movimento de aproximação (abertura e imersão) às experiências de um insider (o de dentro), permitindo que os traços essenciais se revelem no próprio movimento. Serão exercitadas em curso um pensar e questionar fenomenológico. Esperamos que a busca por esse sentir-o-mundo floresça em novas sendas de vir-a-ser geográfico. |
INSCRIÇÕES
(Abertas durante o período de 20 de setembro a 20 de outubro de 2015.)